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mary shelley


Rebelde e inquieta, Mary Shelley (1797 – 1851) era filha de Mary Wollstonecraft, escritora pioneira das ideias feministas, e do jornalista William Godwin, criador da Juvenile Library, uma das primeiras coleções inglesas de livros para jovens e crianças. Embora defensor do anarquismo, Godwin opôs-se firmemente à decisão da filha de se unir ao poeta Percy Shelley que, na época, era casado. Diante desta situação, Mary, com sua meia-irmã Claire, e Percy partem para a Itália. Inicia-se, então, uma vida movimentada. O casal, em quase dez anos de convivência, morou em vários endereços da Europa e teve cinco filhos, dos quais apenas um chegou à idade adulta.

Numa destas temporadas distantes da Inglaterra natal, Mary responde à provocação de Lord Byron, poeta inglês com quem Claire teve uma filha. Foi uma estação muito chuvosa. Para se entreterem, liam muitas histórias de fantasmas, especialmente as traduzidas do alemão para o francês, até que Byron desafiou cada um dos presentes a criar sua narrativa a partir de algum evento sobrenatural. Surgiu, assim, em 1818, Frankenstein ou o Moderno Prometeu, hoje, famoso, inclusive, pelas adaptações para o cinema.

Em 1822, Percy Shelley morre afogado e Mary dedica-se a organizar e divulgar seu legado poético. Publicou, também, Valperga (1823), The Last Man (1826), Perkin Warbeck (1830), Lodore (1835) e Falkner (1837).


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